Na reta final do governo Jair Bolsonaro, o Exército Brasileiro concluiu a escolha de sua nova viatura blindada de combate, o Centauro II. O Exército se prepara agora para assinar no dia 5 de dezembro o contrato de cerca de 900 milhões de euros (R$ 5 bilhões) para aquisição de 98 veículos, após realizar uma concorrência global.
Os novos blindados Centauro II são fabricados pelo consórcio italiano Iveco-Oto Melara (CIO), formado pelas empresas Iveco Veículos de Defesa e Leonardo. Esse modelo é considerado uma viatura “caça-tanques” no melhor padrão internacional da atualidade, de tração 8x8 com canhão 120 mm, de longo alcance, capaz de disparar munições especiais, como projéteis supersônicos. Era o de maior poder de fogo na disputa.
O novo blindado de cavalaria, com 30 toneladas, é operado por três tripulantes. Ele vai substituir os antigos blindados de reconhecimento Cascavel com canhão de 90 mm e equipar unidades do Exército de infantaria de ação rápida e de cavalaria mecanizada.
O blindado Centauro II de origem italiana superou as propostas finais de dois concorrentes, originados de veículos de transporte de tropas. Ambos tinham canhões de 105 mm. O segundo colocado foi o LAV-700 AG, produzido no Canadá pela norte-americana General Dynamics Land Systems (GDLS). O terceiro, o ST1-BR da chinesa Norinco.
A lista de classificação foi divulgada na sexta-feira, dia 25, pela da Diretoria de Material do Comando Logístico do Exército. Conforme o órgão, o consórcio italiano será convocado para assinar o contrato inicial de entrega das amostras, em cerimônia no Quartel-General do Exército, em Brasília.
Atualmente, o Brasil também possui com a Iveco o desenvolvimento dos blindados Guarani, principalmente para transporte de pessoal, que são viaturas de tração 6x6 e com armamentos de menor alcance e poder de fogo, de 30 mm. Eles são fabricados no Brasil.
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