O futebol feminino segue sendo uma modalidade predominantemente amadora no Brasil, é o que revelou o Diagnóstico do Futebol Feminino do país, que faz parte do planejamento construído para elaboração da Estratégia Nacional para o Futebol Feminino do Ministério do Esporte.
O estudo foi divulgado pela Agência Brasil, neste domingo (20). Segundo os dados, apenas 19,2% das atletas possuem vínculo profissional, enquanto 4,9% possuem contrato de trabalho temporário e 1,2% têm contrato de formação.
Outro fator a ser debatido, é o alto percentual de jogadoras que não recebem qualquer valor, a título de salário ou ajuda de custo. A análise indica ainda que 47,9% das atletas da categoria adulta estão nesta situação. Cerca de 70% das profissionais que atuam no futebol feminino fazem dupla jornada, se dedicando também a outras atividades para complementarem a renda.
A Estratégia Nacional para o Futebol Feminino prevê medidas de promoção do desenvolvimento do futebol profissional e amador no país, ampliação dos investimentos e formação técnica para meninas e mulheres no mercado da bola. Para a ministra Ana Moser do Esporte, os números são o ponto de partida para a mudança.
"O Governo Federal prioriza o desenvolvimento amplo do futebol feminino no Brasil. Para isso, é preciso estabelecer um retrato real da condição e tamanho da modalidade no nosso país. O diagnóstico realizado pelo Ministério do Esporte mostra resultados importantes para orientar as políticas públicas, estratégias e ações necessárias a serem implementadas nos próximos anos.", declarou Ana Moser, sobre o Diagnóstico do Futebol Feminino do Brasil.
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